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O sinal da Cruz e a saudação inicial, ao altar e à assembleia.

Primeira Catequese Mistagógica como preparação para o 5º Congresso Eucarístico Nacional




Ao iniciar a Eucaristia, a procissão de entrada daqueles que estarão ao serviço, acompanhada pelo canto da assembleia, conduz a uma dupla saudação: ao altar, como lugar do mistério eucarístico, e à comunidade reunida.


Primeiro: os sinais de veneração do altar são o beijo e o incenso. «Chegados ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda. Em sinal de veneração, o sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz e o altar» (IGMR 49).

O beijo é um dos gestos da vida humana que também na Liturgia tem a sua pedagogia de linguagem. Desta vez, dirige-se ao altar como a mesa para a qual todos devemos ser convidados. Este tem um simbolismo cristológico (Cristo como o altar, como pedra) e também, já na Idade Média, pela veneração das relíquias dos santos, que eram colocadas no próprio altar.

O incenso é outro gesto simbólico que a Igreja adotou para a Liturgia. É um sinal que pode, consoante o momento, exprimir respeito, oração ou oferenda. O seu uso coaduna-se em celebrações solenes da Eucaristia. No início da celebração, a incensação é dirigida ao altar, à cruz e, no caso de fazer-se memória litúrgica de um(a) santo(a), à respetiva imagem.


Segundo: o sinal de acolhimento à assembleia congregada é a saudação do presidente à mesma. «Terminado o cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira, com toda a assembleia, faz sobre si próprio o sinal da cruz; em seguida, pela saudação, manifesta à comunidade reunida a presença do Senhor» (IGMR 50). Com esta saudação, ele estabelece o primeiro contacto expresso com a sua comunidade. Deste modo, o presidente atua em nome de Cristo, o verdadeiro sacerdote, mestre e guia da comunidade cristã. Toda a celebração vai ser realizada com a convicção da presença protagonista do Senhor no meio dos seus.


A saudação tem um carácter ritual, com poucas variações. O Missal oferece várias fórmulas inspiradas no Novo Testamento. Estas fórmulas, que exprimem o sentido cristão do encontro, podem ser substituídas por outras com características semelhantes e pode também ser acrescentada uma frase com um sentido mais humano. O sentido de uma saudação cristã, com referência explícita ao dom de Deus, não se deve perder aqui: deve-se evitar, por exemplo, reduzir a saudação a um "bom dia" ou a uma simples frase humana de boas-vindas, mas é necessário manter o tom cristão e ritual deste momento da celebração.

Neste sentido, o sacerdote está configurado sacramentalmente com Cristo (in persona Christi), necessita que "o Senhor esteja com ele" para realizar bem o seu ministério. É uma resposta que, por isso, sublinha o "carisma ministerial" de quem preside. Logo, esta saudação não tem lugar quando quem preside à celebração não é um ministro ordenado. Assim, no gesto de saudação também é importante estender os braços, como sugere o Missal, porque tanto a posição do corpo, como o olhar devem exprimir efetivamente esta comunicação inicial entre o presidente e a assembleia.

Terminada a «saudação do povo, o sacerdote, ou o diácono, ou outro ministro leigo, pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia» (IGMR 50).

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