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“ACOLHER O DOM DO ESPÍRITO”

Grupo "Semeadores de Esperança" | TEMA I

 


LEITURA DO TEXTO (AT 2, 1-13)

Quando chegou o dia do Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. De repente, ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde eles se encontravam. Viram então aparecer umas línguas, à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes inspirava que se exprimissem. Ora, residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: «Mas esses que estão a falar não são todos galileus? Que se passa, então, para que cada um de nós os oiça falar na nossa língua materna? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus!» Estavam todos assombrados e, sem saber o que pensar, diziam uns aos outros: «Que significa isto?» Outros, por sua vez, diziam, troçando: «Estão cheios de vinho doce.»


PISTAS PARA REFLEXÃO

1. Do Pentecostes hebraico ao cristão.

O Pentecostes era uma festa muito antiga, em Israel (cfr. Lv 23, 15-22; Nm 28, 26-31 e Dt 16, 9-12). Em alguns ambientes judaicos, já no século II a. C., esta festa tinha-se transformado na celebração comemorativa da aliança no Sinai. Depois da destruição do templo de Jerusalém (70 d. C.), também os fariseus lhe atribuíram esse sentido. Acolher a lei é condição de vida para a comunidade renovada e santa. É provável que Lucas tenha isto em vista, quando faz coincidir o dom do Espírito, que inaugura tempos novos, com a festa da aliança no Sinai, que faz memória de tempos antigos.

2. A experiência do Espírito.

Lucas descreve a manifestação do Espírito (pneumatofania) com os símbolos clássicos da ação poderosa e soberana de Deus: o vento e o fogo. O Espírito é dom de Deus e apresenta-se como uma força irresistível que desce sobre cada um deles e os torna comunicadores de uma mensagem que, expressa em diferentes línguas, é por todos compreendida. Fica assim realçada a universalidade que carateriza o tempo do Espírito e a habilitação profética do novo povo.

3. A nova humanidade.

Lucas identifica quais os destinatários do acontecimento: os representantes do mundo judaico dispersos entre todos os povos, judeus piedosos que, em Jerusalém, esperavam a libertação messiânica. As nações do mundo conhecido de então (ver o elenco dos povos) são chamadas a Jerusalém para serem testemunhas da nova época histórica que se abre com a vinda do Espírito. O novo povo apresenta-se com um horizonte universal e ecuménico porque congregado pela força do Espírito (esta nova situação aparece em contraponto com a dispersão dos povos e a confusão das línguas, em Babel [Gn 11, 1-9]). A leitura de At 2, 14-36 pode ajudar a compreender melhor o sentido e o alcance deste texto.

QUESTÕES PARA REFLEXÃO PESSOAL

1. Como reajo nas derrotas e em situações de medo?

2. Estou atento aos sinais da natureza e da história e percebo neles a ação de Deus?

3. Procuro que a Palavra de Deus me transforme, me provoque e me faça ter e ser esperança?

QUESTÕES PARA O COMPROMISSO

1. Estou disposto a inserir-me mais e melhor na comunidade para fazer a experiência da vinda e da ação do Espírito?

2. Deixo que a Sagrada Escritura seja sinal de leitura da minha história?

3. Estou consciente de que a fé e a esperança convivem bem com as perguntas? Estou disposto a fazer das interrogações um modo de aprofundar a fé e de crescer na esperança?


CÂNTICO

É tempo de ser esperança

É tempo de comunicar,

É tempo de ser testemunha de DeusNeste mundo que não sabe amar. (Bis)






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