Dom Jorge Ortiga, Eucaristia da Quarta-feira, III Semana da Quaresma
O Arcebispo Primaz de Braga disse hoje esperar que o estado de emergência (já aprovado pelo Parlamento) não seja compulsivamente acolhido. O Prelado acrescentou que este tempo pode fazer muito de positivo e acrescentou:
«o céu continua a existir mesmo que se veja apenas nuvens».
Após esta consideração de actualidade, o prelado deu seguimento às reflexões que vem tecendo sobre a radicalidade. D. Jorge Ortiga disse que a sociedade moderna nos habituou à facilidade — quando a verdade é que «só com radicalidade se conseguem alcançar metas que encham a vida». Centrado na Palavra de Deus proposta para hoje, resumiu que ela nos pede escuta com o coração, entendimento com a inteligência e prática com a vontade. Os mandamentos — disse — podem condicionar a liberdade pessoal; mas sem acolhimento interior tudo anda à deriva. O Arcebispo Primaz fez, depois, uma distinção entre tempos passados e os tempos actuais na Igreja: ao contrário de outros épocas, «hoje a fé não é ditada pelo medo, o terror ou o sistema religioso». Depois, citando o Papa Francisco, sublinhou que «a missão da Igreja é levar a Jesus». Se não o fizer, «é uma instituição morta». Voltar a Jesus para experimentar a solicitude do Seu amor — eis um desafio a aceitar, insistiu. É que,«este regresso leva-nos à frescura original do Seu evangelho e será ele a pautar o ritmo da vida quotidiana» O prelado concluiu a homilia com mais um voto: «Que este tempo de Quaresma nos ajude a descobrir como é belo o Deus-Amor, que nos ama com um amor incondicional e único. Só Ele conta. Só Ele basta!»
(Resumo feito por Con. João Aguiar no seu Facebook)
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