Mensagem de Natal
O Natal deste ano podia ser um Natal diferente daquele que a pandemia nos fez viver nos últimos dois anos. A possibilidade do (re)encontro e do abraço, a proximidade em vez do distanciamento, o estar juntos em vez de cada um para o seu lado serão uma realidade em tantas casas que, ainda assim, não alegrará todas as vidas...
Infelizmente, este Natal traz, de tão perto, o barulho das armas que fazem a guerra, matam tantas vidas humanas e desfazem sonhos, projetos e esperanças legítimas. Deste modo, o presépio de Belém desenha-se cruamente ainda em tantos lares…
Sentir-se rejeitado, perseguido, abandonado significa, para Jesus, sentir-se Nascido. Sentir é a linguagem do coração. Há uma relação de dependência, porque ele bate sem parar, e – nessa repetição – é como se o acontecimento do nascimento se repetisse infinitamente.
Há corações carentes: à procura do resgate, perdidos que caem em poços escuros onde parecem desaparecer, feridos a precisar de substituição, ou os que não aguentam mais. O coração é a voz intermitente do – presente e ausente – nascimento.
Deus, em Belém, nasceu num coração de carne deitado sobre a manjedoura. A partir daí, o seu amor palpita em todos os corações: intrépidos e gelados; puros e impuros; abertos e fechados; feridos e fortes; loucos e secos.
Se no coração há amor, Deus é o coração.
Da nossa parte, neste Natal, desejamos que os corações de todos sejam manjedouras de Deus Menino, Príncipe da Paz.
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